sexta-feira, 13 de maio de 2011

Efeito borboleta

   Era 6 de Agosto de 1945.Para mim e para o mundo este fora um dia histórico.Para mim alegria, para o mundo tragédia, um crime de guerra.
   Logo eu que sempre lutei por esse amor ,casei-me justamente no "estopim" de uma guerra.
   Foi como se os efeitos da bomba tivessem atravessado os oceanos e me atingido, afinal foi uma ação vil, estúpida e brutal que paralisou o mundo ,e paralisado permaneceu ;os culpados tornaram-se ainda mais poderosos e as vítimas dependentes dos vilões.
   Em quanto batiam os sinos da Catedral,chegava-se a notícia, de que teria sido lançada a morte sobre Hiroshima.Morte essa que atingiu o mundo, mas principalmente a mim; no feliz momento do sim só se ouviam meus apelos desesperados de não; meu amado à me consolar e os demais aos prantos.
    Naquele dia perdi quem me amou com todas as forças que tinha, que fora ao Japão ganhar a vida e a perdeu. Homem este que mesmo de longe me guiava ao altar.
    Ainda me recordo quando menina meu pai se despedira deixando-me com o restante da família, procurando do outro lado do mundo mudar de vida.
    Não me viu crescer, não conheceu meu primeiro namorado, meu único amado,nem me guiou ao altar, nem em pensamento, seus pensamentos já não faziam mais parte de seu corpo, meu pai nesse momento encontrava-se morto.
     Mas a vida segue para mim como não seguiu para Yükan , e hoje vivo com meu amado sem deixar de lado os ensinamentos de meu pai: de que não importa em quantos pedaços nossos corações foram partidos o mundo não para, para que os consertemos.

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